quinta-feira, 19 de maio de 2011

Relaxa Lourenço! - Filme: O Cheiro do Ralo

Quando o excêntrico Lourenço encontrou um outro "estranho" deu nisso:


















 Coitado do Lourenço...se fudeu, deveu! hahahaha

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Curta Paraense: Meu Tempo Menino

Sinopse: "Um  dia feito por situações inusitadas, é contada por Pacú (Clóvis  Rodrigues), um garoto pobre de uma pequena aldeia que viaja todos os  dias para uma cidade da região amazônica para vender sorvetes para  ajudar a sua família para fora. Encontro um menino rico da cidade acaba trazendo-lhe novas aventuras e emoções inesquecíveis"

O primeiro filme produzido em Santarém no Estado do Pará, de Emanoel Loureiro, com ótimas fotografias e destaque aos belos desenhos de Afonso Ferreira. Sem falar na estória cativante.

Dê um olho:







sábado, 11 de dezembro de 2010

Um Desabafo (In)esperado.


O corredor era sinistro. Gotículas de água caíam do teto sobre o chão cru. As paredes, cobertas de mofo, exalavam um odor desagradável. Sombras escureciam o local, obstruindo a visão de Grace. Ela andava vagarosamente.
De súbito, ouviu uma bela voz. Calorosa, doce... Parecia próxima. Apressou o passo cautelosamente e alcançou uma porta. Antes que pudesse tocar em sua maçaneta, ela escancarou-se. Gritou.
Um lustre do século XIX iluminava uma velha mesa disposta no centro do que parecia ser uma sala. Em torno dela, havia dois bancos. Em um deles estava sentado um rapaz. Sua pele translúcida parecia arder e seus misteriosos olhos negros fitavam a recém-chegada. Cabelos avermelhados e ondulados moldavam-lhe o rosto e sua boca retorcia-se em um belo sorriso.
- Olá, estranha.
Já ouvira aquela voz. Involuntariamente, seus pés traçaram uma linha reta até o segundo banco. Sentou-se. Agora, de frente para a esplêndida criatura, podia enxergar claramente a delicadeza de seus traços. Imersa em devaneios, Grace lembrou-se do lugar onde vira aquele rosto. O reconheceu. A irritação contornou seu rosto.
- Estou chateada com você. É sempre assim: nunca lhe procuro, mas você teima em me encontrar. Por que não cansa de se intrometer onde não é chamado?
- Grace, eu sou o rei do mundo!
- Como? Rei? Quem está falando em rei...? Quero que pare de me perseguir. Você apareceu em minha vida novamente e causou um estrago! Quase me destruiu!
- Grace... Eu quero jogar um jogo.
- Mais jogos? Não, para mim já basta. Mas não tenho dúvidas que esse ano foi bem divertido para você.
- Você está falando comigo?
- Com quem mais eu poderia estar falando? Estou verdadeiramente furiosa. Você aí, sempre palhaço, sempre pregando peças que terminam em lágrimas. Nem sei por que ainda estou perdendo o meu tempo aqui, tendo esta conversa.
- Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa, Grace.
- Estou perdendo tudo mesmo. Inclusive a paciência.
- Grace, o poder de um relacionamento está nas mãos de quem se importa menos.
- Você me fez perder a razão, fez meus pensamentos serem dia e noite pautados em uma só pessoa e agora quer falar de “poder em um relacionamento”? Poupe-me, por favor!
- Grace, o único lado bom de morrer de Mim é que você continua viva.
- Viva? Despedaçada. Desacreditada. O coração em decomposição, devorado por fungos e bactérias, no mais profundo buraco. Não acredito mais em você. Traiçoeiro.
- Grace, vamos lá... É o Amor, não o Papai Noel.
- Acabou. Não estamos mais tendo essa conversa. Volte para o lugar de onde veio e nunca mais saia de lá. Invada outros corações e deixe o meu em paz. O "eu te amo" já está banalizado mesmo.
- Minha adorável Grace, com o tempo, todos os finais tristes se tornam alegres. O final triste é só para o autor parar de contar a história. Mas ela continua. Só não é contada.
- Cale-se! É o sufic...
E então o lustre apagou-se. O estonteante rapaz sumira. Grace estava sozinha na sala, amedrontada. Parecia-lhe que aquela breve conversa acontecera há anos. Eros, seu canalha.
Oito e quarenta e cinco da manhã. Acordou.
Symara Melo

Nota: 'De início, veio em mente um filme de terror - estilo Freddy Krueger - , com todo aquele ar sombrio, cheio de mistérios. E para ser franco, me surpreendi com a presença do personagem oposto ao ambiente,  esse "Amor" é muito sacana não?!
Segundo a autora, o "Amor" usa somente frases de filmes pra mostrar o quanto é previsível a não se justificar - Achei isso brilhante -. Percebe-se também, que o lar do "Amor" não deixa de ser o coração maltratado de Grace, sendo que a mesma se amedronta com o local. 
Então dialogo - Deveria existir faxineiras para corações sujismundos, pois de início é complicado nós mesmos limparmos. Ainda mais com um engomadinho de cabelos vermelhos para atrapalhar.
Não "Mr. Amor", não lhe odiámos, é que você vibra a mais em algumas pessoas, e só amar não é o bastante, queremos ser amados com uma intensidade, pelo menos, próxima da nossa. E não é pedir demais, apenas tentando nos amar mais...'

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Frases do Agrado


"Do que adianta lutar pela perfeição aos olhos alheios, se até Deus é criticado."

"Pessoas são extremamente perigosas. Ás vezes surpreendo-me até comigo." 

"Egoísmo: exigir das pessoas o que você não pode oferecer; ou exigir das pessoas o mesmo que podes."
  
"Gosto de descobrir as pessoas, de estar perto delas. Gosto disso, pra afastar algumas de mim"

"Não sou um galã, mas não quero alguém que ame casca formosa, não quero amor entre aspas."

"Não sou rico, mas não quero alguém que queira o meu possuir. Não quero pessoas pobre de sentimento ao meu lado." 

"Quem está disposto a mudanças pra mim é um Herói."

"Amor verdadeiro é como a dor de um parto, só mãe realmente sente" 

"Considero a palavra ODEIO tão forte, mais forte que EU TE AMO. Parece muito mais verdadeiro na boca das pessoas, se bem que a ODEIO"

"Não procuro um amor pra vida toda, mas um Amor que a vida toda procurei"

Rod D'Oliveira

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Caio Fernando Abreu narrando minha vida.


Lendo alguns trechos de suas obras, percebi que ali encontrava um grande pedaço de verdade da vida, não só minha como de muitas pessoas que passam e/ou passaram por casos semelhantes. Certamente, me vejo nesses fragmentos dos diversos projetos que esse escritor fantástico nos concedeu:

"É difícil me iludir. Porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor e gente burra. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar."
"Mas gosto, gosto das pessoas. Não sei me comunicar com elas, mas gosto de vê-las, de estar a seu lado, saber suas tristezas, suas esperas, suas vidas. Às vezes também me dá uma bruta raiva delas, de sua tristeza, sua mesquinhez. Depois penso que não tenho o direito de julgar ninguém, que cada um pode – e deve – ser o que é, ninguém tem nada com isso. Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos que aí, justamente aí, está o grande mal das pessoas: o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada. Só elas poderiam fazer alguma coisa por si próprias, mas não fazem porque não se vêem, não sabem como são. Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo, a vida inteira fingindo que não sabem."
"Mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar”
"Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo.”
"Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir os nãos que a vida me enfia pela goela abaixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar um café e continuar” 
"E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado."
Caio Fernando Abreu

sábado, 6 de novembro de 2010

Engraçado Como o Tempo Passa Tão Rápido (Funny How Time Slips Away)



Well hello there,
my it's been a long long time
How am I doin',
oh well I guess I’m doin' fine
It's been so long now and it seems that
It was only yesterday
Mmm, ain't it funny how time slips away
How's your new love,
I hope that he's doin' fine
Heard you told him, yes baby
That you'd love him till the end of time
Well you know, that's the same thing
that you told me
Well it seems like just the other day
Mmm, ain't it funny how time slips away
Gotta go now,
guess I’ll see you hanging round
Don't know when though, oh
Never know when I’ll be back in town
But I remember what I told you
That in time your gonna pay

Well ain't it surprisin' how time slips away 
Yeah, ain't it surprisin' how time slips away

Elvis Presley

domingo, 31 de outubro de 2010

Desejando um querer...


Eu sou uma criança:
Quando sinto-me seguro ao lado de alguém;
Quando estou momentaneamente feliz;
Quando fazem-me sorrir também;
Quando tenho mania de puxar nariz;
Mas, numa hora a criança deseja ser adulta.

Eu sou um homem:
Quando noto que tenho responsabilidade;
Quando persisto por um ideal;
Quando acordo pra realidade;
Quando busco respostas a tudo de modo racional;
Mas, numa hora o homem deseja amar.

Eu sou um amante:
Quando numa mulher adquiro confiança;
Quando tento realizá-la de alguma maneira;
Quando faço o possível pra entrar no passo de sua dança;
Quando sinto com intensidade suas emoções mesmo quando sorrateira;
Mas, numa hora o amante não sendo o bastante, deseja  "o entender".

Eu queria entender:
Como meus defeitos chegam ao ponto do inaceitável;
Como limitava-me a não demonstrar minha autenticidade;
Como ousava-me em passar por errado com medo de acusar/ferir o próximo;
Como mudei meu grande dilema de "ajudo-te a crescer", pro mal acostumável;
Como estudei alguém sentimentalmente, se não conhecia-me ao máximo;
Como suportei tempos pra nenhuma finalidade;
Mas, numa hora percebes,  não é preciso compreender pra entender.
Se um homem faz o seu melhor, o que mais pode fazer? 
O que resta-me é o desejo da sua felicidade.
E um querer de buscar a minha...

Rod D'Oliveira